terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Como Conquistar - Humberto Pereira dos Santos

PREPARE-SE PARA CONQUISTAR  - Texto: Josué 5.2-15

E sucedeu que, estando Josué perto de Jericó, levantou os seus olhos e
olhou; e eis que se pôs em pé diante dele um homem que tinha na mão
uma espada nua; e chegou-se Josué a ele, e disse-lhe: És tu dos
nossos, ou dos nossos inimigos? E disse ele: Não, mas venho agora como
príncipe do exército do Senhor. Então Josué se prostrou com o seu
rosto em terra e o adorou, e disse-lhe: Que diz meu senhor ao seu
servo? Então disse o príncipe do exército do Senhor a Josué: Descalça
os sapatos de teus pés, porque o lugar em que estás é santo. E fez
Josué assim.

Introdução

Quarenta anos no deserto – esse foi o tempo de caminhada de Josué na
espera por este momento: o momento da conquista. Ele agora tinha como
encargo conduzir o povo à terra que o Senhor prometera dar. Ele tinha
de ser forte, corajoso, mas algo mais era necessário: Tão-somente
esforça-te e tem mui bom ânimo, para teres o cuidado de fazer conforme
a toda a lei que meu servo Moisés te ordenou; dela não te desvies, nem
para a direita nem para a esquerda, para que prudentemente te conduzas
por onde quer que andares. Não se aparte da tua boca o livro desta
lei; antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer
conforme a tudo quanto nele está escrito; porque então farás prosperar
o teu caminho, e serás bem sucedido (Js 1:6–8). Ele precisava conhecer
a Deus e prosseguir em conhecê-lO, conduzindo o povo a uma experiência
pessoal com Ele.

Chegamos a sonhar com o momento da conquista, da vitória, sem nem
mesmo compreender a amplitude disso. Não se trata de viver “um passe
de mágica” em que tudo se transformará num conto de fadas. Chegar à
vitória exige obediência absoluta e uma consciência real de quem é
Deus. Toda teoria é morta se não for praticada.

É tempo de praticar, de viver o que o Senhor tem nos ensinado e
comprometer-se em cumprir todo o Seu propósito em nós, de buscarmos o
caráter de Cristo (nobre, santo, vencedor, fiel…).

Caminhar sobre os passos de Josué é aprender, como ele, a entregar-se
ao Senhor. Vejamos então quais foram as primeiras posturas de Josué
rumo à vitória e busquemos praticá-las também:

1. Renovação de aliança (v.1 a 11)

É preciso renovar a aliança, circuncidar-se para entrar na terra. Nos
dias atuais, Deus tem buscado corações circuncidados, ou seja, que se
disponham a tirar tudo aquilo que é contaminação. Hoje retirei de
sobre vós o opróbrio do Egito (v. 9). Depois de quarenta anos de
caminhada somente ali, o Egito finalmente foi arrancado de dentro do
povo. Eles haviam saído do Egito, mas a geração anterior carregava
dentro de si as obras e costumes daquele lugar.

Gilgal representa um rompimento com o passado de pecado e
contaminação. Todos nós precisamos passar pelo Gilgal espiritual,
lugar onde abandonamos a contaminação do pecado, deixamos para trás os
princípios do mundo e decidimos viver os princípios de Deus.

O processo de circuncisão envolve dor, afinal, um pedaço é arrancado.
A Palavra relata que eles ficaram no arraial até sararem. Assim também
nós necessitamos da cobertura da congregação no processo de cura.

Aliança com Deus é circuncisão de corações, abandono das obras mortas
do pecado e retirada dos princípios do mundo; é dor e cura debaixo da
cobertura da congregação e festa da libertação. Que hoje possamos
renovar a aliança!

2. Consciência de que Deus conhece nossas lutas (v. 13)

O verso 13 narra o encontro de Josué com o Príncipe dos exércitos do
Senhor. Ele se apresenta com a espada desembainhada. Ele sabia que o
momento era de guerra na vida de Josué, tanto por fora quanto por
dentro. por fora combates, temores por dentro (II Co 7:5). Josué
estava de pé diante da primeira cidade a ser conquistada, e ele a
observava.

Muitas vezes, quando estamos diante de um desafio realmente grande aos
nossos olhos, maior até do que o próprio Golias para Davi, nossa
reação não é muito diferente da de Josué. Ele contemplava uma muralha
tão larga que havia casas construídas sobre ela, mas o Senhor apareceu
a ele e não subestimou sua batalha; pelo contrário, se apresentou
pronto para ela. Ele sabia exatamente como Josué estava se sentindo
diante daquelas muralhas e sabe como nos sentimos diante de nossos
problemas.

Mesmo que a muralha pareça instransponível e seja algo íntimo e
pessoal, Deus conhece nossa batalha. Ele não está insensível, alheio
ao momento que estamos vivendo. Ele nos conhece, nos ama e está pronto
para mostrar sua espada desembainhada em nosso favor.

3. Ouça o que Deus tem a dizer (v.14)

Lá estava Josué diante do Senhor dos exércitos. O que você faria se
estivesse no lugar dele? Josué fez a única pergunta que realmente
importava: “Que dizes o Senhor ao Teu servo?”

Evidentemente não se trata apenas de uma pergunta, mas de uma
disposição a, de fato, OBEDECER toda direção que for dada por Deus,
seja ela simples ou complexa, como aconteceu logo depois com as
muralhas de Jericó. Por meio da obediência e da fé, Josué e todo o
povo viveram um milagre.

4. Descanse em Deus (v.15)

Talvez para muitos este fosse um pedido incrivelmente inusitado: “Tire
as sandálias dos pés”. Mas É interessante notar como Deus não nos fala
de maneira enigmática. O Senhor nos dá instruções que sabe que
compreenderemos. Todavia, às vezes, elas parecem simples demais para
nós. Observe o caso de Josué: Deus não pediu a ele, em princípio, algo
difícil ou gigantesco, mas uma atitude simples, com um grande sentido
embutido.

Muitas vezes estamos tão ocupados esperando as grandes instruções que
desprezamos as “pequenas” e nos esquecemos de que a revelação de Deus
é progressiva, aumenta na medida da nossa obediência. Quem não é capaz
de obedecer a “pequenas” ordens jamais será capaz de obedecer a
grandes.

Tirar as sandálias tinha um sentido muito mais amplo do que o físico.
Onde nós costumeiramente tiramos as sandálias? Em casa, em lugares de
descanso. A proposta do Senhor a Josué foi, na verdade, de entrega e
descanso, que se despojasse de sua suficiência e entregasse todo o
controle a Deus. Sem os sapatos ele não poderia correr e nem mesmo
lutar sem se ferir. Deveria parar, ouvir e ter sua própria experiência
com Deus para exercer sua liderança.

Descansar efetivamente é algo que só se torna possível debaixo de uma
profunda postura de obediência. Então Obedeça e Descanse.

Conclusão
Diante da terra, não há teoria, nem palavras; há, sim, a necessidade
de uma profunda mudança de atitudes e comportamentos, uma verdadeira
metanoia. Vá a Gilgal, busque a circuncisão dos sentimentos e posturas
que não condizem com o novo tempo para o qual Deus tem lhe chamado.
Entenda que Deus conhece o tamanho da sua luta, Ele sempre está no
controle. Pare para ouvir a Deus, busque dEle as respostas, não ande
agitado pelo vento para que não sejamos mais meninos inconstantes,
levados em roda por todo vento de doutrina, pelo engano dos homens
que, com astúcia, enganam fraudulosamente (Ef 4:14). Obedeça
plenamente a cada instrução do Senhor e então descanse e confie. Nosso
Deus pelejará por nós!!!

--


*Deus nos enviou à terra com uma missão.
Só Ele pode nos deter, os homens nunca poderão.*

Um comentário:

Carla Rezende disse...

Meu Deus!!! É muita Glória!!