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sexta-feira, 12 de março de 2021

SUPORTANDO AS TRIBULAÇÕES DA VIDA.

“Se te fatigas correndo com homens que vão a pé, como poderás competir com os que vão a cavalo? Se em terra de paz não te sentes seguro, que farás na floresta do Jordão?” (Jeremias  12:5)

INTRODUÇÃO

Com estas palavras, Deus estava repreendendo o profeta Jeremias,  por causa da reação que ele havia tido,  diante de tão insignificante provação.

Jeremias estava dando uma descomunal dimensão a uma dificuldade pela qual estava passando.

Assim também acontece conosco, e este estudo servirá como
uma reflexão para que possamos retirar dele algumas lições básicas que muito nos ajudarão.

1ª) A máxima deste estudo baseada no texto básico é a seguinte:

“Se nós não conseguimos correr um quilômetro da prova, como suportaríamos uma maratona inteira?”

Portanto como seria quando nós
tivéssemos que competir com aqueles que vão a cavalo, mais rápidos?

Às vezes, nós gastamos
nossas energias com coisas que não tem muito proveito.

Brigamos por pouca coisa e fazemos tempestades em copos de água.

Então, Deus permite que muitas vezes nós passemos por pequenos
problemas para nos preparar para situações mais sérias ainda:

“Eis que hoje te ponho por cidade fortificada, por coluna de ferro e por muros de bronze, contra todo o país, contra os reis de
Judá, contra os seus príncipes, contra os seus sacerdotes e contra o seu povo. Pelejarão contra
ti, mas não prevalecerão; porque eu sou contigo, diz o Senhor, para te livrar” (Jeremias  1:18,19).

Teria o
profeta Jeremias se esquecido desta promessa logo no início do seu chamado?

2ª) O cristianismo é somente para aqueles que tem a sua vida edificada sobre a rocha.

Jesus Cristo
veio ao mundo para arrebanhar pessoas fortes e corajosas, isto é, Ele veio para formar
sistematicamente bons soldados e capacitá-los para as batalhas:

”Participa dos meus sofrimentos
como bom soldado de Cristo Jesus. Nenhum soldado em serviço se envolve em negócios desta
vida, porque o seu objetivo é satisfazer àquele que o arregimentou”
(2 Timóteo 2:3, 4).

Durante o meu
curso de teologia, eu ouvi o seguinte do meu professor de homilética:

“Deus se responsabiliza por
aqueles que ele chama.”

- isso foi falado há 35 anos atrás.

E eu nunca me esqueci desta importante verdade.

3ª) O projeto de Deus não é que nós paremos de sofrer nesta terra, mas é aquele que venha a nos fortalecer em meio aos muitos desafios que enfrentamos no nosso dia-a-dia:

“Nisso exultais, embora,
no presente, por breve tempo, se necessário, sejais contristados por várias provações, para
que, uma vez confirmado o valor da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro perecível,
mesmo apurado por fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo” (1 Pedro 1:6, 7).

O problema está na questão de nós entendermos sobre a vontade permissiva de Deus.

4ª) Ao exortar o profeta Jeremias, o Senhor estava tentando mostrá-lo que se ele (ou nós) já havia se
rendido a situações mais insignificantes, como conseguiria superar os desafios maiores?

Não importa
a dureza daqueles momentos contrários que nós temos enfrentando nesta vida; porque na visão de Deus esses problemas são leves e momentâneos:

“Por isso, não desanimamos; pelo contrário,
mesmo que o nosso homem exterior se corrompa, contudo, o nosso homem interior se renova
de dia em dia.
Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um eterno peso
de glória, acima de toda comparação”
(2 Coríntios  4:16,17).


* Na visão de Deus esses problemas são leves e momentâneos!

Mesmo que o fardo esteja muito pesado de
levar, é preciso saber que ele se tornará leve quando Deus resolver intervir na situação contrária.

* O fardo de Jesus é leve e o seu jugo é suave.                (Mateus 11:28-31)

5ª) Deus queria que Jeremias entendesse que ele deveria poupar as suas forças para que pudesse
enfrentar desafios ainda maiores; já que muita das vezes nós desperdiçamos energia com coisas
mínimas e insignificantes:

“Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e
não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a
tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar”
(1 Coríntios 10:13).

TIRANDO LIÇÕES DO CATIVEIRO DO EGITO

O cativeiro do Egito foi a primeira grande experiência vivida pelo povo de Israel.

Foi um período de 430
anos ininterruptos de sofrimento, o que significou praticamente seis gerações de intenso sofrimento e
escravidão.

Pela interferência de Moisés, que foi o instrumento que Deus escolheu para promover a libertação do seu povo israelita, e mediante a manifestação das dez pragas, que Faraó decidiu abrir mão dos seus escravos; conforme o Senhor dissera para Moisés, isto só seria possível com o uso de mão forte:

“Eu sei, porém, que o rei do Egito não vos deixará ir se não for obrigado por mão
forte” (Êxodo  3:19).

Há situações da nossa vida que só serão removidas mediante uma intervenção mais severa da parte de Deus. 

Eu chamaria essa situação de encrustada, que é difícil de ser removida
devido a várias circunstâncias.

O próprio Moisés reconheceu que a libertação dos israelitas não era uma tarefa fácil de ser realizada porque ele mesmo conhecia bastante o potencial e os ardis de
Ramsés II, seu irmão de criação: “Para que Satanás não alcance vantagem sobre nós, pois não
lhe ignoramos os desígnios”
(2 Coríntios 2:11).

Uma vez que Deus conduziu o povo israelita até a fronteira do Egito, Ele se responsabilizou em conduzi-lo até a terra prometida, a Canaã; mesmo tendo pela frente um imenso deserto e um grande mar a ser atravessado.

Eu não sei qual é a extensão do teu deserto, ou a profundidade desse mar; porém, eu sei que o Senhor não irá te desamparar. 

Porque aquilo que ele te prometeu, Ele o fará.

A VITÓRIA FINAL DO POVO DE DEUS

Deus havia declarado ao seu servo Josué que ele deveria ser forte, firme e corajoso diante dos seus
inimigos para que houvesse a conquista das terras de Canaã

– da mesma forma como Ele fez com Jeremias , porque, na realidade, esses inimigos não eram tão poderosos assim.

Seria aquele
costumeiro e grave problema que nós mesmos criamos, a saber, que nós estamos colocando sempre
uma lente de aumento sobre a tribulação que nós estamos enfrentando:

“Também vimos ali gigantes
(os filhos de Anaque são descendentes de gigantes), e éramos, aos nossos próprios olhos, como gafanhotos e assim também o éramos aos seus olhos”
(Números  13:33).

Uma foi à ótica dos
espias, já outra foi a de Josué e Calebe:

“Então, Calebe fez calar o povo perante Moisés e disse: Eia! Subamos e possuamos a terra, porque, certamente, prevaleceremos contra ela” (Vers. 30).

Quem decide a conquista através da fé e da confiança no Senhor somos nós mesmos.

Porque a Bíblia
diz que são exatamente as nossas palavras que fazem a diferença:

“A morte e a vida estão no poder da língua; o que bem a utiliza come do seu fruto.”
(Provérbios  18:21).

Lembrando que isto aqui não se trata de uma questão de Confissão Positiva, mas de um necessário equilíbrio por parte da pessoa ao
pronunciar as palavras:

“Estás enredado com o que dizem os teus lábios, estás preso com as
palavras da tua boca.”
(Provérbios 6:2)

São as muitas desilusões e insatisfações da vida que fazem com que
o ser humano produza palavras de morte e, consequentemente, fique preso a elas.

Jesus foi bem
enfático ao dizer que a boca fala exatamente daquilo que o coração está cheio, isto é, se a pessoa
está pessimista falará de forma negativa; mas se ela está esperançosa, certamente falará de
conquista, de vitória e de bênçãos que estão por vir.

Logo, vamos então vigiar quanto aquelas
palavras que a nossa boca pronuncia.

E que Deus nos Ajude!

Pastor Uilson Barbosa

Professor de Teologia há 35 anos.

Disponível também em:
www.pruilsonbarbosa.blogspot.com

15 comentários:

  1. SUPORTANDO AS TRIBULAÇÕES DA VIDA.
    “Se te fatigas correndo com homens que vão a pé, como poderás competir com os que vão a cavalo? Se em terra de paz não te sentes seguro, que farás na floresta do Jordão?” (Jeremias 12:5)

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  2. Com estas palavras, Deus estava repreendendo o profeta Jeremias, por causa da reação que ele havia tido, diante de tão insignificante provação.

    Jeremias estava dando uma descomunal dimensão a uma dificuldade pela qual estava passando.

    Assim também acontece conosco, e este estudo servirá como
    uma reflexão para que possamos retirar dele algumas lições básicas que muito nos ajudarão.

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  3. “Se nós não conseguimos correr um quilômetro da prova, como suportaríamos uma maratona inteira?”

    Portanto como seria quando nós
    tivéssemos que competir com aqueles que vão a cavalo, mais rápidos?

    Às vezes, nós gastamos
    nossas energias com coisas que não tem muito proveito.

    Brigamos por pouca coisa e fazemos tempestades em copos de água.

    Então, Deus permite que muitas vezes nós passemos por pequenos
    problemas para nos preparar para situações mais sérias ainda:

    “Eis que hoje te ponho por cidade fortificada, por coluna de ferro e por muros de bronze, contra todo o país, contra os reis de
    Judá, contra os seus príncipes, contra os seus sacerdotes e contra o seu povo. Pelejarão contra
    ti, mas não prevalecerão; porque eu sou contigo, diz o Senhor, para te livrar” (Jeremias 1:18,19).

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  4. O cristianismo é somente para aqueles que tem a sua vida edificada sobre a rocha.

    Jesus Cristo
    veio ao mundo para arrebanhar pessoas fortes e corajosas, isto é, Ele veio para formar
    sistematicamente bons soldados e capacitá-los para as batalhas:

    ”Participa dos meus sofrimentos
    como bom soldado de Cristo Jesus. Nenhum soldado em serviço se envolve em negócios desta
    vida, porque o seu objetivo é satisfazer àquele que o arregimentou”
    (2 Timóteo 2:3, 4).

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  5. O projeto de Deus não é que nós paremos de sofrer nesta terra, mas é aquele que venha a nos fortalecer em meio aos muitos desafios que enfrentamos no nosso dia-a-dia:

    “Nisso exultais, embora,
    no presente, por breve tempo, se necessário, sejais contristados por várias provações, para
    que, uma vez confirmado o valor da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro perecível,
    mesmo apurado por fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo” (1 Pedro 1:6, 7).

    O problema está na questão de nós entendermos sobre a vontade permissiva de Deus.

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  6. Mesmo que o fardo esteja muito pesado de
    levar, é preciso saber que ele se tornará leve quando Deus resolver intervir na situação contrária.

    * O fardo de Jesus é leve e o seu jugo é suave. (Mateus 11:28-31)

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  7. “Por isso, não desanimamos; pelo contrário,
    mesmo que o nosso homem exterior se corrompa, contudo, o nosso homem interior se renova
    de dia em dia.
    Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um eterno peso
    de glória, acima de toda comparação”
    (2 Coríntios 4:16,17).

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  8. Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e
    não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a
    tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar”
    (1 Coríntios 10:13).

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  9. “Nisso exultais, embora,
    no presente, por breve tempo, se necessário, sejais contristados por várias provações, para
    que, uma vez confirmado o valor da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro perecível,
    mesmo apurado por fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo” (1 Pedro 1:6, 7).

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  10. A VITÓRIA FINAL DO POVO DE DEUS

    Deus havia declarado ao seu servo Josué que ele deveria ser forte, firme e corajoso diante dos seus
    inimigos para que houvesse a conquista das terras de Canaã

    – da mesma forma como Ele fez com Jeremias , porque, na realidade, esses inimigos não eram tão poderosos assim.

    Seria aquele
    costumeiro e grave problema que nós mesmos criamos, a saber, que nós estamos colocando sempre
    uma lente de aumento sobre a tribulação que nós estamos enfrentando:

    “Também vimos ali gigantes
    (os filhos de Anaque são descendentes de gigantes), e éramos, aos nossos próprios olhos, como gafanhotos e assim também o éramos aos seus olhos”
    (Números 13:33).

    Uma foi à ótica dos
    espias, já outra foi a de Josué e Calebe:

    “Então, Calebe fez calar o povo perante Moisés e disse: Eia! Subamos e possuamos a terra, porque, certamente, prevaleceremos contra ela” (Vers. 30).

    Quem decide a conquista através da fé e da confiança no Senhor somos nós mesmos.

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  11. “A morte e a vida estão no poder da língua; o que bem a utiliza come do seu fruto.”
    (Provérbios 18:21).

    Lembrando que isto aqui não se trata de uma questão de Confissão Positiva, mas de um necessário equilíbrio por parte da pessoa ao
    pronunciar as palavras:

    “Estás enredado com o que dizem os teus lábios, estás preso com as
    palavras da tua boca.”
    (Provérbios 6:2)

    São as muitas desilusões e insatisfações da vida que fazem com que
    o ser humano produza palavras de morte e, consequentemente, fique preso a elas.

    Jesus foi bem
    enfático ao dizer que a boca fala exatamente daquilo que o coração está cheio, isto é, se a pessoa
    está pessimista falará de forma negativa; mas se ela está esperançosa, certamente falará de
    conquista, de vitória e de bênçãos que estão por vir.

    Logo, vamos então vigiar quanto aquelas
    palavras que a nossa boca pronuncia.

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  12. Jesus foi bem
    enfático ao dizer que a boca fala exatamente daquilo que o coração está cheio, isto é, se a pessoa
    está pessimista falará de forma negativa; mas se ela está esperançosa, certamente falará de
    conquista, de vitória e de bênçãos que estão por vir.

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  13. Ao exortar o profeta Jeremias, o Senhor estava tentando mostrá-lo que se ele (ou nós) já havia se
    rendido a situações mais insignificantes, como conseguiria superar os desafios maiores?

    Não importa
    a dureza daqueles momentos contrários que nós temos enfrentando nesta vida; porque na visão de Deus esses problemas são leves e momentâneos

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  14. “A morte e a vida estão no poder da língua; o que bem a utiliza come do seu fruto.”
    (Provérbios 18:21).

    Lembrando que isto aqui não se trata de uma questão de Confissão Positiva, mas de um necessário equilíbrio por parte da pessoa ao
    pronunciar as palavras:

    “Estás enredado com o que dizem os teus lábios, estás preso com as
    palavras da tua boca.”
    (Provérbios 6:2)

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  15. Há situações da nossa vida que só serão removidas mediante uma intervenção mais severa da parte de Deus.

    Eu chamaria essa situação de encrustada, que é difícil de ser removida
    devido a várias circunstâncias.

    O próprio Moisés reconheceu que a libertação dos israelitas não era uma tarefa fácil de ser realizada porque ele mesmo conhecia bastante o potencial e os ardis de
    Ramsés II, seu irmão de criação: “Para que Satanás não alcance vantagem sobre nós, pois não
    lhe ignoramos os desígnios”
    (2 Coríntios 2:11).

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